Papel, caneta e lápis coloridos.
Tudo isso preso dentro de uma mochila.
Essa mochila colada em minhas costas.
Essas costas conectadas a meu corpo.
Esse corpo acoplado a uma cabeça.
Nessa cabeça um mundo de ideias reprimidas.
Falta espaço.
As mãos sobre o volante suam.
O dedinho da mão direita já se encontra adormecido.
É o sinal.
O sinal de que alguma coisa vai brotar de alguma mente.
Essa mente começa e dizer baixinho: Rabisca Robson, rabisca.
Procura uma vaga para estacionar; não acha.
Para ali mesmo, abre o capô e liga o alerta.
Pega no banco de trás o seu equipamento.
Abre o porta-malas e senta-se esperando a ajuda do reboque.
Fecha os olhos e enxerga Dali que o cumprimenta com a cabeça.
É o sinal.
Abre os olhos e olha para o céu.
Enxerga uma saída!
Enxerga uma saída!
"Mertamorphosis" - Vladimir Kush |
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