Não é porque o assunto acabou
Nem porque pedi a inspiração
O tempo me consome
Mas, a vontade de escrever não some
O que sumiu foi a vontade de expurgar
O que surgiu foi a vontade de viver
O presente que é meu presente!
Ao expurgar deixo de viver
Passarei mais tempo vivendo
Vem comigo?
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Felicidade.
"Quantas vezes eu soltei foguete
Imaginando que você já vinha
Ficava cá no meu canto, calado
Ouvindo a barulheira que a saudade tinha!"
Está lá, naquele canto da varanda
Escondido entre a fulô de mãe e os cigarros de pai
O menino sentado, mas não escondido
Tampouco fora repreendido
Estava só apreensivo
A menina de fulô na cabeça, vestido rendado e justo estava prestes a passar
Com a carne enrolada no jornal de ontem
Ele para não bandeira içar
Ficava no canto a espreitar o desfile da moça
Cismático, não mexia-se
Inebriado, não apercebe-se a dormência nas pernas
Excitado, não ouvia a mãe chamar
Concentrado, não sentiu o cheiro de carne
Aflito, vê o tempo avançar
Confuso, enumera os porquês dela hoje não desfilar
Taquecardeado, apodera-se duma sombra calma sobre si
Com medo, vira-se para ver quem é
Movimentando-se, olfateia o cheiro dela mais perto que o normal
Feliz, enxerga-a ali, parada olhando-o dentro da alma
Mudo, sorri
Em reboliço, escuta o convite
Flutuando, vai com ela, o jornal e a carne andar
Em êntase, chega em casa e vai escrever
Com os olhos anundados d'água, canta...
"Você chegou no amiudar do dia
Eu nunca mais senti tanta alegria
Se eu soubesse soltava foguete
Acendia uma fogueira
E enchia o céu de balão!"
Imaginando que você já vinha
Ficava cá no meu canto, calado
Ouvindo a barulheira que a saudade tinha!"
Está lá, naquele canto da varanda
Escondido entre a fulô de mãe e os cigarros de pai
O menino sentado, mas não escondido
Tampouco fora repreendido
Estava só apreensivo
A menina de fulô na cabeça, vestido rendado e justo estava prestes a passar
Com a carne enrolada no jornal de ontem
Ele para não bandeira içar
Ficava no canto a espreitar o desfile da moça
Cismático, não mexia-se
Inebriado, não apercebe-se a dormência nas pernas
Excitado, não ouvia a mãe chamar
Concentrado, não sentiu o cheiro de carne
Aflito, vê o tempo avançar
Confuso, enumera os porquês dela hoje não desfilar
Taquecardeado, apodera-se duma sombra calma sobre si
Com medo, vira-se para ver quem é
Movimentando-se, olfateia o cheiro dela mais perto que o normal
Feliz, enxerga-a ali, parada olhando-o dentro da alma
Mudo, sorri
Em reboliço, escuta o convite
Flutuando, vai com ela, o jornal e a carne andar
Em êntase, chega em casa e vai escrever
Com os olhos anundados d'água, canta...
"Você chegou no amiudar do dia
Eu nunca mais senti tanta alegria
Se eu soubesse soltava foguete
Acendia uma fogueira
E enchia o céu de balão!"
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