sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

A falta no final.

Em qualquer jogo tem punição para falta

Exceto na vida, nela você tem que aprender a conviver com a falta

Tem que saber ser feliz mesmo com a falta

Todo dia, santo ou não, grita, a falta

Mas, você finge não ouvir a falta

Saber jogar é difícil, com a falta

Mas, se vem logo no inicio, a falta

Não tem jogo. 

Só falta!


sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Um dia como outro qualquer!

Hoje, um dia como outro qualquer, eu fiquei com preguiça de tomar café e desisti de correr logo cedo. Seis da manhã no nordeste já é sol de meio dia, a noite eu vou, ou não. É meu aniversário, hoje posso faltar, né?

 

Claro que não, hoje como um dia qualquer, pessoas chegam neste plano e outras se vão! Eu, quase queimo o arroz enquanto trabalho. Home office tem dessas coisas. É tão dia qualquer que escolhi trabalhar. Mas, eis a pista de que hoje, talvez, não seja um dia qualquer: eu fiz feijão e sem perguntar a ninguém, só ao Google, que não é gente, então pode. (Google, não me hackei por isso).

 

Hoje, como de costume, falei com pessoas que só voltarei a falar daqui a um ano; falei com pessoas  que falo todo dia e elas nem vão se ligar que nasci hoje; vou esperar que alguns se lembrem e ficar surpreso porque outros não lembraram. Hoje a comunicação vai me relembrar que somos múltiplos.
         
Pois é, hoje como um dia qualquer, me deu vontade de escrever e até postar fotos, mas ter um        imagem com todos que quero é impossível. Então, o melhor escrever. Perai, que o feijão está        cheirando, é hora de tampar a panela de pressão.
 
Voltei. 

 

Trintas minutos e a primeira parte do feijão estará pronta. Isso não quer dizer que ele já estará      saboroso. Faltará o segredo que é tão segredo que ainda não descobri.

 

Hoje é um dia legal, normalmente do jeito que gosto, com sol. Se tem sol, o mundo ganha aderência e paradoxo. Com sol há o calor, com o calor há o suor, com o suor há a vontade do banho de mar e de se reunir, mas por favor, dá um espacinho porque está quente. Sem muito contato. Juntos mas sem contato.
           
Ser humano, tão paradoxalmente simples! Ou seria simplesmente paradoxal? 
           
Um dia como outro qualquer, me deu vontade de escrever e escrevi. A especialidade foi que publiquei. Talvez, 2024 reserve a frequência na publicação. 
 

             


 

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Texto raso


E tudo voltou ao normal. Tenho uma pilha de roupa para guardar, tenho que trocar a roupa de cama, lavar o carro por dentro e por fora, conter meus sonhos megalomaníacos e fazer algo para deixar de ser tão passivo.

Falar e falar, pensar e pensar pelo visto não adianta mais, mas um dia já adiantou?

Encontro-me todo dia, numa honestidade quase que divina questionando-me: o quê poderia eu fazer para um fim diferente haver?

Entra ano e sai ano e os aumentos são inseridos no meu orçamento. Gasolina, seguro de carro, passagem de ônibus, o pipocão na rua, o meu sagrado chocolate e até o motel. Todo ano tudo aumenta, menos o meu salário.

Quero deixar claro que a bronca não está no não aumento do meu salário, mas sim no aumento de tudo que não é o meu salário.

Acho lindas as justificativas (in)coerentes que me são dadas. Não seria melhor me dizer “quero a sua grana e pronto”? O que acho mais lindo é que essas “justificativas incoerentes” não mais são aceitas quando a história muda. Quando sou eu que meto a mão no bolso dos outros e digo: Brother, à vista você faz por quanto? Nesse momento a (in)coerência se torna roubo, tendo na figura do eu, o agente do roubo.

Incrível né?

Mais incrível ainda é a minha passividade. Não quero nem saber de você, das suas ações, e não o quero faz um bom tempo. Quero saber de mim. Quero voltar a dormir. Nunca tive insônia e agora tenho. Também, nunca dei tanto valor as minhas horas de trabalho. São graças a elas que recebo meu salário no fim do mês.

Percebi hoje, que enfim descobri o motivo pelo qual não durmo, o motivo pelo qual me sinto quase sempre incomodado: Estão me roubando todo dia, na cara dura e o pior, eu estou vendo e não faço ideia de como posso pará-los.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Fim!

Não é porque o assunto acabou

Nem porque pedi a inspiração

O tempo me consome

Mas, a vontade de escrever não some

O que sumiu foi a vontade de expurgar

O que surgiu foi a vontade de viver

O presente que é meu presente!

Ao expurgar deixo de viver

Passarei mais tempo vivendo

Vem comigo?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Felicidade.

"Quantas vezes eu soltei foguete
Imaginando que você já vinha
Ficava cá no meu canto, calado
Ouvindo a barulheira que a saudade tinha!"

Está lá, naquele canto da varanda
Escondido entre a fulô de mãe e os cigarros de pai
O menino sentado, mas não escondido
Tampouco fora repreendido
Estava só apreensivo
A menina de fulô na cabeça, vestido rendado e justo estava prestes a passar
Com a carne enrolada no jornal de ontem
Ele para não bandeira içar
Ficava no canto a espreitar o desfile da moça
Cismático, não mexia-se
Inebriado, não apercebe-se a dormência nas pernas
Excitado, não ouvia a mãe chamar
Concentrado, não sentiu o cheiro de carne
Aflito, vê o tempo avançar
Confuso, enumera os porquês dela hoje não desfilar
Taquecardeado, apodera-se duma sombra calma sobre si
Com medo, vira-se para ver quem é
Movimentando-se, olfateia o cheiro dela mais perto que o normal
Feliz, enxerga-a ali, parada olhando-o dentro da alma
Mudo, sorri
Em reboliço, escuta o convite
Flutuando, vai com ela, o jornal e a carne andar
Em êntase, chega em casa e vai escrever
Com os olhos anundados d'água, canta...

"Você chegou no amiudar do dia
Eu nunca mais senti tanta alegria
Se eu soubesse soltava foguete
Acendia uma fogueira
E enchia o céu de balão!"

domingo, 30 de novembro de 2014

O pronome certo!

Uma, traquecardeou-me

Algumas, retiraram-me as forças

Aquela, foi sem vontade

Nela, não quero mais voltar.


Procuro ELA!!


Onde o beijo apenas será beijo

Onde o beijo apenas dure!


Achei!



(Ao som de "La Edad Del Cielo", Jorge Drexler.)

domingo, 2 de novembro de 2014

Minha calma.


Fui dormir no quarto de mamãe
Mesmo ela não estando
Precisava de colo.

Acordei doente
Querendo longe estar.

Programei-me ir
Você chegou e sorriu.

Desisti.

Vou ficar aqui para ver você sorrir.

Ao final do dia
Você se foi
Não está mais aqui.

Quem permanece 
É a vontade de ir
Ela permanece aqui dentro.

Pego a mochila e o walkman e vou.

No caminho lembro de ti
Vejo o seu sorriso quando fecho os olhos
Sinto o seu cheiro quando respiro.

Volto para a cama de mamãe 
Para dormir em paz
Para esperar as horas passarem 
Para te ver sorrir de novo amanhã!