Uns
gostam de gastronomia, outros de ler, aqueles de andar de bicicleta, as meninas
de sair por aí e ela sabe o gosto de cada um presente nas salinhas.
Toda
semana eu a encontro; ela, a música tranquila, suas onomatopeias e agulhas. Conversamos
um pouco, normalmente sobre a minha vida e ela se vai por alguns minutos.
Durante
esse tempo fico deitado fazendo tudo errado. Deveria estar relaxando, com a
cabeça vazia, ouvindo a música, prestando atenção na respiração. Eu até consigo
sentir o efeito de estar ali: fico zen! Entro em outra sintonia e passo a pensar
na vida, na parte boa dela. As letrinhas começam a surgir em minha mente. Pronto!
Mais um texto está sendo produzido lá. Lá a produção é em massa.
Até...
“Toc,
toc, toc, toc, toc, toc”.
Já
sei que ela está a caminho, seus sapatos – sempre com saltos – anunciam a sua
chegada. Poucos segundos depois a luz é acesa e lá está ela sorrindo e eu aqui “tranquilão”.
Lá
vou eu dar início a minha rotina louca. Saio tranquilo da saleta tranquila como
se fosse um monge e assim permaneço o dia todo.
Obrigado
moça!
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