Um filme, um recorte, uma visão
foi o que me restou.
Foi tudo isso que vi nesta tarde; numa tarde
que estava perdida, numa tarde de compromissos desmarcados ainda no primeiro
tempo.
Eis aqui um preconceito que não feriu
minha pele. Eis um preconceito que vejo minha mãe e irmão lutarem contra, que
vejo minha irmã “deixar para lá” quando dá. Que muito ouvi papai comentar a
respeito. Que sei que vó Paulo e vô Madá passaram na pele, porém, nunca os ouvi
prosear a respeito.
Abaixar a cabeça, mudar de lugar,
atravessar a rua, ser culpado graças ao tom da pele eram as notas que estavam
na partitura da vida. Era? Vai saber. O que sei é que esse tom me fez quebrar
as regras. Aqui está mais de um texto no mesmo dia. Um pequeno texto. Um texto
que versa sobre algo que deveria estar preso no tempo. Deveria, pois se
estivesse não estaria aqui, escrevendo e enxugando lágrimas.
Não passei por isso, não sou ativista,
não quero mudar o mudo... então, o que quero com esse texto?
Continuar a minha caminhada,
assim como Aibi, com lágrimas na cara, esperança no peito, lápis e papel; só
isso. Continuar a caminhar e escrever acerca o que me faz ter esperança, o que
me faz focar na parte bela da vida, assim como fez o criativo Guido em “A vida
é Bela”.
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