terça-feira, 5 de março de 2013

Crase.


Uma pausa.
Uma parada para tornar-se coloquial.
Não é uma simples parada
é uma parada obrigatória.
Ser formal em um mundo de informais.
Ser hígido em um mundo de loucos.
Ser pura aparência, mas para quê mesmo?
Muita ingenuidade.
Seguir um fenômeno só para se sentir pertencente a um grupo que sabemos que não é o nosso.
Estar em um mundo que não te quer completo.
Estar em um mundo que não te faz bem.
Retirar toda fluidez da vida com essa pausa
só para dizer ao mundo que sabes ser coloquial?
Pobres formais!
Ainda não conseguem enxergar que
onde a vida existe realmente essa pausa, a crase, só atrapalha!
Deixa fluir!

E o pior é que quando deitas sozinho no escuro de suas muitas ideias
o coração te diz: Saí daí! Você está indo para o lado errado!
Mas você não o escuta e segue o fluxo.

Eu não me conformo.
Fico angustiado, com o coração apertado!
Aí Deus grita lá do alto: Livre-arbítrio meu filho, livre-arbítrio!

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