E lá vai ele mais uma vez e sempre caminhar sobre o muro.
Dessa vez ele não fui eu, tão pouco sou eu, nem ao menos serei eu.
É ele outro indivíduo.
Sobre o muro ele conheça a enxergar dois caminhos: lá e cá.
Ao piscar os olhos nota que possui uma pesada mochila nas costas.
Nela há um pouco de sua vida.
Está de partida!
- Aonde vou? - se questiona todo tempo. - Lá ou cá?
Quando enfim toma coragem, pula para lá, mas logo o coração bate mais forte com saudade de cá.
Escala o murro e pula para lá e o coração volta a pulsar mais forte, só que dessa vez com saudade de lá.
- E agora? Destino, vida, forças do além, dá pra dar uma forcinha?
A ajuda não chega e nem vai chegar, pois ele entende que caminhas na companhia de murros que lhe dão a direção, todavia, está sobre a Muralha da China.
- O que isso quer dizer?
- Quer dizer que você ainda vai caminhar muito. Vai ver muitos lados dentro de lá e dentro de cá e quando voltar para, a agora muralha e não mais muro, terá uma longa jornada para frente e para trás.
- Quem disse isso?
- Meu jovem, você está na China, ainda não percebeu? Aqui tudo está em torno da paciência e das longas caminhas (ou jornada de bicicleta) para se chegar no principal: observar o entorno para chegar ao interior!
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