sábado, 20 de agosto de 2011

Um puta expurgo visionário pluralista sem lirismo!

Nem correndo, tão pouco devagar demais
num ritmo tranquilo.
Afinal, "criança não se estressa mamando no mamilo!" *

De repente, me dou conta que
uma fada ou uma bruxa me tocará com a sua varinha desmágica!

Pronto, FUDEU!

Foi-se embora o meu tempo!

Perdido como nos tempos de criança ao brincar feliz e perdida no parque sem neurose estou.
- Onde estão papai e mamãe? 
Daqui a pouco acho, penso eu e volto a brincar, mas...
- Onde está o parque? 
Me dou conta que agora já sou adulto.

Que tempo é esse que corre mais rápido que os ponteiros do relógio?
Angustiado, o expurgo é me sentar onde estou,
afinal ainda sou uma criança cercada do medo e a procura da sua mágia.
De todo o lirismo que a força me tiraram sem me dar conta.

Hoje é adulto, mas não quer ser.
- Não estou preparado!
- Meu filho, calma, você está sim!

Por um breve sopro ilusório de liberdade eu acreditei.
Um grande erro.
Essa liberdade limitada dos homens sapiens adultos eu não quero.
Não me serve!
Quero viver a liberdade livre e inocente das crianças.

Cercado de adultos que não enxergam mais as crianças tento ser uma.

- Me deixem ser criança. Me deixem ser eu! Não veem que eu sou eu e por isso não sou você?! Me deixem ir contra o fluxo. Me deixem ser Zaratrusta e voltar a andar em um ritmo tranquilo, sem neurose!

Adulto: foco; assentimental; racional; se adapta ao meio; não questiona, faz; instavelmente estável; procura respostas; não pode vacilar, tem que ser correto, coerente, conciso; limitado; acelerado para o compromisso, mas devagar para o lazer. Quer ter!

Criança: muitas coisas ao mesmo tempo; puro sentimento; sem medo de perguntar o que não sabe e/ou não entende; estavelmente instável; tem resposta para tudo, pois se não sabe, qual o problema de inventar? Ser livre? Fantasiar a vida? Quer ser!

Ao final percebo que não me deixarão voltar a ser criança outra vez.
Então vou ser o muleque sinistro das músicas de D2. 
Vou chegar colocando o pé na porta e me impor.
Agora é tarde, porque eu também quero essa boquinha de decidir!
Criança não decide nada, mas um muleque sinistro sim!
Então, vou a mescla entre o adulto e a criança!
Vou botar a cara! Com a cabeça boa e o coração na frente!
- Salve, salve simpatia!


* Sem neurose - Gabriel o Pensador e Itaal Shur.

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