terça-feira, 23 de agosto de 2011

Escavando meus sentindos como um virgem estudante de arqueologia acabo me perdendo.
A pressa, a vontade, a curiosidade são mais forte que a cautela.
Não consigo enxergar o que só a experiência poderia me dar.
Ela, a cautela, na labuta diária é fundamental.
Sem pressa, o experiente arqueólogo pincela o objeto ainda indecifrável para muitos.
Porém, ele já consegue enxergar toda a beleza de seu achado. 
Sabe também que a cada pincelada descobrirá a novidade!
E é justamente ela a razão do seu viver!
A certeza da incerteza da exatidão é constante!
A certeza da certeza que vai encontrar é constante!
Por isso mesmo, quando era virgem estudante atrapalhado
tirava da estante todos os manuais para aprender a fazer!
Ouvia os mais importantes conhecedores da área para aprender mais rápido!
Mas continuava atrapalhado, um virgem!
Até que um dia resolve não mais ter pressa!
Não ouvir mais ninguém! Não ler mais nada! Chega de teoria!
Vou praticar sem pressa!
Um belo dia descobriu um objeto só seu! 
Ninguém então havia trabalhado nele.
Ninguém o conhecia. Não havia guias, manuais ou teóricos!
Durante todas as intempéries pincelou-o.
Durante todos os turnos pincelou-o.
Diante de inúmeros problemas pincelou-o.
Não desistiu jamais. 
Depois de muitos anos ainda pincela.
Não desiste, tão pouco acho que está perdendo tempo.
Pois o virgem estudante descobriu um objeto de estudo que não é objeto, tampouco se racionaliza.
Se sente!
Ele descobriu o amor!

Para a Flor e a Maria!

4 comentários:

  1. Lindo!! Muito agradecida e feliz pela dedicação!

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  2. Eita, eu até iria comentar, mas... o quê??? Parabéns meu amigo, são pouquíssimas as pessoas que conseguem escrever tão bem assim! No mais, sem comentários!!! ;)

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  3. Valeu Nelba pela força! EStou treinando bastante a escrita e (ins)piração não falta! =)

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