Algumas escolhas a vida nos deixa fazer livremente e outras não. Creio ser o natural e ser também o que traz vida a vida. Uns tem mais direitos a escolhas, já outros mais deveres. Outros não fazem ideia do que seja direto a escolha. É o que tem e pronto.
Creio também ser de senso comum existir momentos em nossas vidas que nos mudam completamente. Por entendimento de vida, imagino ser isso algo recorrente para todos, no entanto, por estarmos com a mente a milhão distraídos com quase nada relevante, deixamos esses momentos, os mais reais, se perderem. Isso torna a vida mais fantasiosa e menos real; mais angustiante e estressante e menos bela. Se você já assistiu A vida é bela conhece Guido Oferice, personagem de Roberto Benigni, e entende o quão necessário é enxergar a vida por outro ponto de vista.
Eis aqui um adiantamento (spoiler) falaremos também de filmes.
Quando assisti o filme A vida secreta de Walter Mitty tive e ainda tenho em mim uma angustia real, presente e necessária de viver. De sair dos ambientes fechados internos e externos para interagir com o Planeta dos seres vivos, das mais diferentes formas possíveis.
Com o passar dos dias, noto, e imagino você também, os olhares fixos em telas. (In)felizmente trabalho com telas e ao final das horas de trabalho eu não quero viver fora das telas, eu preciso viver longe delas. Muito graças a Walter, Guido e V, personagem do filme V de Vingança. Falaremos dele em breve.
Soma-se a este balaio de gatos alguns fatores externos como home office e esposa no trabalho presencial. O dia somos só eu e as telas. O tempo passou e eu entendo o papel da cada um em minha vida.
Trocando uma ideia com V, ficou forte, presente e condição necessária a vida haver ideias que mudem as nossas maneiras de viver e justamente por isso, nunca podemos consideradas. Nesse momento lembrei da outra ideia conversada com Walter, a que o fez pegar o skate e sair. Lembrei do bate papo rápido com Guido numa troca de turno de trabalho, onde falávamos sobre ver sempre a beleza da vida. Concluímos ser necessidade real de passar a diante toda a beleza para o próximo também vê-la.
Mas como fazer isso atrás de telas? Criar estórias é uma opção. Contar Histórias também. E nesse omelete de ideias e sentimentos eu decide: Vou fazer minha primeira viagem sozinho. Eu e eu, afinal, sempre fui bom em fazer amizade. Falo com todo mundo, algo poderia dar errado? Consigo ver meus irmãos rindo com a última oração.
Eu sou precavido, logo, programei um lugar onde teria algum suporte caso algo desse errado. E pior deu errado, meus três suportes não estão na cidade e de quebra não achei local para ficar na cidade escolhida. Estou na cidade vizinha, uma cidade mais para viver do que para ser turista.
O hotel, beira de estrada, literalmente. Tem caminhoneiros e militares de passagem pela cidade. Infelizmente o papo é inexistente, pois eles estão sempre na correria por estarem de passagem. O legal é ouvir as conversas sobre como o Brasil é grande. Isso me reanimou e resolvi escrever, pois já na vinda as ideias brotam após interpretações da vida, algo até então, imutável. Elas serão relatas no próximo texto.
Voltando ao tema principal, para meus críticos literários não alegarem fuga do tema, eu escolhi estar sozinho viajando por uns dias e eis aqui minha primeira reafirmação de vida. Peçam bem aos céus, Deus, Deuses, forças da natureza, etc. Tentem deixar tudo muito bem explicado sobre como você quer a vida. Esteja também preparado para a mudança, pois é certo, algo vai sair "errado" para sabermos que a vida não é só o que queremos dela. Ela também quer.
Agora, cá estou eu, longe das partes turísticas e pensando: Passo quatros dias na frente das telas até a minha reserva na parte turística da cidade chegar? Resposta simples, não dá. Passei um dia é já quase enlouqueço. Gasto quase cem reais em aplicativo só ir e voltar todo dia para os locais turísticos Também não dá. Eu sou assalariado consciente. Então faço como, se ao redor não tem nada para ver além da vida corriqueira? Outro adiantamento, texto três vem aí.
Sou filho do meio, então vamos de meiuca, o famoso nem eu nem tu.
Um dia de tela, um dia de rua. Afinal, a rua não é nóis? A rua até é nós, mas não aqui. Spoiler do quarto texto.
Vou indo nessa gastar cem reais e volto mais tarde para escrever o texto dois.
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Ao som de No woman no cry, cantado por Gilberto Gil e Stephen Marley. Creio valer a pena ver o vídeo também. https://www.youtube.com/watch?v=HP9v3s8U71M
Parabéns, pelo texto. Excelente observação do que é a vida e suas escolhas. Parar, olhar, observar e seguir. Siga escrevendo. Beijos 💋
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