domingo, 5 de maio de 2013

Método Científico.

Joãozinho resolveu usar a sua dor para algo novo: se tornar cientista.

Escolheu um grupo de pessoas e foi conversar de maneira que elas não tivessem a certeza de haver a mesma troca de ideias com outras pessoas. Passou a falar todos os pontos negativos de uma dada pessoa e, de maneira unânime, ouviu a seguinte frase: Ah meu velho, meu amigo, meu irmão, sendo assim você tem que se afastar, deixar rolar, pois essa pessoa não é boa para você.

Joãozinho pode concluir que diante dos aspectos ruins as pessoas são incentivadas a se afastar do "problema" e querem que todos façam o mesmo.

Repetiu a experiência, com as mesmas pessoas dias depois. Nesse momento só abordou os aspectos bons do mesmo indivíduo utilizado na pesquisa anterior e para a sua surpresa ouviu os seguintes comentários: Sendo assim, é melhor você pensar direitinho no que você quer.
Ele insistiu em obter a opinião do outro que por sua vez não quis fornece-la.

Joãozinho concluiu que quando abordado os aspectos negativos antes dos "positivos" as pessoas não querem colocar a sua opinião. Se está tudo ruim, muda - simples assim -, ou seja, colocamos a nossa verdade sobre a verdade daquele que nos solicita uma ajuda. Mas se abordamos o ruim antes do bom, o outro não quer se posicionar. Prefere deixar a batata quente na mão do outro, afinal de contas, "só você sabe o que está sentindo", nos dizem. Agora sim essa frase faz sentindo.

Agora fico pensando eu: Por que temos tanta dificuldade de nos aproximar do diferente? Por que temos tanta dificuldade de permanecer com o diferente? Por que todo esse medo de conviver com o outro que é tão diferente de nós? Por que não unir o diferente, ciente das inúmeras dificuldades, para evoluirmos um pouco a cada dia?

Por que simplesmente não unimos aqueles que se amam?

Esses questionamentos devem ser só mais uma viagem de um cientista que pouco pensa e muito sente. Que usa mais a razão do coração do que os sentimentos da cabeça!


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