De mochila nas costas, lá vem ele.
Algumas bolinhas coloridas nas mãos, nas costas outros bastões.
Chegou cedo para ver o entardecer.
Sentir a leveza da vida que só há em breves instantes.
Já é tarde.
Lá vem ele.
Com o mesmo sorriso de todos os dias, de todas as noites de sexta e sábado.
É hora de trabalhar. Os bastões balançar. As bolinhas jogar!
Malabarar!
De tostão em tostão, de sorriso em sorriso, vai montando o prato de comida da noite.
Cada moedinha de 1 cents, sente mais um grão de comida no prato.
A malandragem se chega, afinal, alegria é de graça!
Pega o seu somzinho na mochila e desenrola a playlist.
Os doideiras endoidam!
-A malandragem é essa! Fazer amizade pai!
A malandrinho de tostão em tostão corre atrás com o malabar para a barriga não mais roncar.
Onomatopeia!
Uma careta, uma das tantas em seu repertório se faz presente!
O doideira da escaleta chegou.
Ele enlouquece. Quer tocar aquilo, que ele nem sabe o que é, quando crescer. Quer não, ele vai!
As menininhas conversam sempre com ele.
- Saí dessa vida menino.
- Moça, não é uma escolha!
Outra onomatopeia!
- Toma uma cerva a menos hoje e me dá a grana?
- Pra quê?
- Pra comprar aquilo que o cara está tocando ali.
A lágrima rolou, o cachimbo caiu, o copo virou. O coração explodiu!
- Obrigado tia, Allahur Akbar!
E lá se foi ele. Dançando conforme a música, mas sem deixar de sorrir, cantar e sonhar!
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